O Sertanejo, romance da fase regionalista (ou sertanista) de José de Alencar, publicado em 1875,
põe em cena o interior nordestino do século XVIII, onde se desenrola a trajetória
repleta de heroísmo de Arnaldo, vaqueiro cearense, homem do campo, simples, mas bravo lutador que
tudo enfrenta por amor e por seus ideais. Os dias e os trabalhos do vaqueiro traçam um painel do Nordeste do Brasil.
A obra apresenta uma prosa com personagens característicos do sertão.
Onde o personagem-narrador é Severino, que ao longo do texto
tenta se definir, mas com tudo o que fala não consegue, por isso
Severino passa a ser como uma figura genérica, ou seja, passa a ser
a característica do povo sofrido pelas difilculdades como a fome,sede e
miséria.
O Sertanejo é o último romance que Alencar publicou em vida. É uma espécie
de síntese de suas características literárias. Seu personagem central é Arnaldo
Loureiro, destemido vaqueiro a serviço capitão-mor, Arnaldo Campelo, que enfrenta
os mais sérios riscos na esperança de constar a simpatia da filha do fazendeiro.
Arnaldo é apresentado no romance como homem arredio, bom, simples e servidor, primeiro vaqueiro de uma
fazenda, figura excepcional e misteriosa, com o pleno conhecimento e
domínio da natureza, tendo hábito de dormir no alto de árvores na mata,
cercado de animais selvagens, sabendo distinguí-los como ninguém.
personagens principais
Arnaldo Loureiro (destemido vaqueiro),Arnaldo Campelo, Dona Flôr (que é prometida a Leandro Barbilho, que morre em tiroteio no instante do casamento),Marcos Fragoso (único rival de Arnaldo).
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Autores e obras Regionalistas
josé de Alencar (1829-1877)
Principais obras de Romance Regionalista:
Um Casamento no Arrabalde (----)
O Cabeleira (1876)
O Matuto (1878)
O Sacrifício (----)
Visconde de Taunay (1843-1899)
Principais obras de Romance Regionalista:
Inocência (1872)
A Retirada da Laguna (1871)
Nascido
no Ceará, exerceu cargos políticos durante sua vida da qual passou
grande parte na cidade do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Principais obras de Romance Regionalista:
O Sertanejo (1875)
O Gaúcho (1870)
Til (1872)
O Tronco de Ipê (1871)
Franklin Távora (1842-1888)O Sertanejo (1875)
O Gaúcho (1870)
Til (1872)
O Tronco de Ipê (1871)
Cearense, atuou politicamente e cumpriu a função de transitor do romantismo para o realismo.
Principais obras de Romance Regionalista:
Um Casamento no Arrabalde (----)
O Cabeleira (1876)
O Matuto (1878)
O Sacrifício (----)
Visconde de Taunay (1843-1899)
Membro da elite do Rio de Janeiro, foi defensor da abolição e exerceu cargos militares e políticos ao longo de sua vida.
Principais obras de Romance Regionalista:
Inocência (1872)
A Retirada da Laguna (1871)
Características das obras e principais autores
José de Alencar
(Sul)
Nesse
tipo de romance Alencar se destaca por apresentar heróis regionais ou
históricos em suas obras, ele também critica a presença dos portugueses,
mas reconhece o valor dessa cultura na formação do pais. Caracteriza-se
por revelar um quadro muito próximo da realidade, com uma natureza
muito exuberante e menor foco nas mulheres.“Quando os seres habitam as
estepes americanas, sejam homem, animal ou planta, inspiram nelas uma
alma pampa. Tem grandes virtudes essa alma. A coragem, a sobriedade, a
rapidez são indígenas de savana.” - trecho de O Gaúcho
Franklin Távora
(Nordeste)
Grande
defensor do regionalismo, acreditava na visão separatista das culturas
brasileiras (norte e sul). Desse modo, dava importância à necessidade do
conhecimento das diferentes regiões para escrever sobre elas. Por conta
disso, criticava a produção de Alencar, que, segundo ele, abordava o
Brasil como um todo e, portanto não era digno de imprimir um caráter
nacional. A maioria de suas obras se passavam em Pernambuco durante o
século XVIII e revelavam elementos desconhecidos sobre o norte.“Proclamo
uma verdade irrecusável. Norte e sul são irmãos, mas são dois. Cada um
há de ter uma literatura sua, porque o gênio de um não se confunde com o
de outro.”
Visconde de Taunay
(Centro- oeste)
É
reconhecido como o mais equilibrado dos românticos regionalistas pelo
seu senso de observação e análise e grande conhecimento das terras
brasileiras. Desse modo, não dá grande importância aos sentimentos,
sendo o mais realista possível. Em suas obras se caracteriza pela
presença do falar colonial, o que as torna naturais e populares. Por ser
tradicional, dá muito valor à honra e outros valores europeus.“Quando o
sertanejo vai ficando velho, quando sente os membros cansados e
entorpecidos, os olhos já enevoados pela idade, os braços frouxos para
manejar a machadinha que lhe da o substancial palmito ou o saboroso mel
de abelhas, procura então quem o queira para esposa, alguma viúva ou
parente chegada, forma casa e escola, e prepara os filhos e enteados
para a vida aventureira e livre que tantos gozos lhe deram outrora.” -
trecho de Inocência
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Principais Autores E Obras Do Romance Regionalista
Um dos principais autores do romance regionalista é José de Alencar com
sua famosa obra “O Sertanejo”, que mostra o interior do Nordeste (Ceará,
terra natal do autor) no século XVIII e onde se passa a história de
Arnaldo, vaqueiro cearense que luta pelo amor da filha do dono da
fazenda em que trabalha, D. Flor. Arnaldo é apresentado no romance como o
homem simples do campo: primeiro vaqueiro de uma fazenda, conhecedor da
natureza (conhece os animais e as matas) e participa das cavalhadas,
como aconteciam na Europa no período medieval. O cotidiano do vaqueiro
serve para mostrar como era a vida no nordeste brasileiro e exalta os
costumes do interior.
“O Sertanejo” é o último romance de Alencar e apresenta todas as suas características literárias: amor idealizado, nacionalismo e etc...
abaixo podemos conferir uma imagem sobre o sertanejo a obra mais famosa de jose de alencar,no romantismo regional
“O Sertanejo” é o último romance de Alencar e apresenta todas as suas características literárias: amor idealizado, nacionalismo e etc...
abaixo podemos conferir uma imagem sobre o sertanejo a obra mais famosa de jose de alencar,no romantismo regional
Características do Romance Regionalista
O romance regional surge na primeira metade do século XIX com a intenção
de revelar paisagens e costumes pouco retratados nos antigas obras
românticas. Os romances passam a exaltar agora aspectos específicos de
cada região, revelando assim um lado exótico do país. Esses textos
retratam o território nacional e dão ênfase aos grandiosos cenários
típicos do interior do Brasil, construindo assim uma nova imagem da
pátria.
Ainda recentemente independente, o Brasil procura definir a identidade de sua nação através de mitos que retomam e valorizam sua história. Para isso, cria-se uma personagem de valores dignos e heróicos promovendo ao público leitor o sentimento de amor à pátria. Tomando lugar do índio, o sertanejo passa a ser o símbolo do homem brasileiro mais utilizado pelos principais autores da época: José de Alencar, Alfredo d’Escaragnolle Taunay, Franklin Távora e Bernardo Guimarães. É importante ressaltar que mesmo o interior do Brasil não sofrendo tanta influência européia como os centros, as histórias continuam com elementos característicos da literatura romântica, baseadas no modelo europeu.
As obras são destinadas, como no período anterior, a classe média dos centros urbanos e são publicadas através de jornais em pequenos encartes conhecidos na época como folhetins. Com o tempo, o público começa a se interessar por esses romances, o que estimula a publicação de livros, favorecendo o desenvolvimento da cultura livresca.
Ainda recentemente independente, o Brasil procura definir a identidade de sua nação através de mitos que retomam e valorizam sua história. Para isso, cria-se uma personagem de valores dignos e heróicos promovendo ao público leitor o sentimento de amor à pátria. Tomando lugar do índio, o sertanejo passa a ser o símbolo do homem brasileiro mais utilizado pelos principais autores da época: José de Alencar, Alfredo d’Escaragnolle Taunay, Franklin Távora e Bernardo Guimarães. É importante ressaltar que mesmo o interior do Brasil não sofrendo tanta influência européia como os centros, as histórias continuam com elementos característicos da literatura romântica, baseadas no modelo europeu.
As obras são destinadas, como no período anterior, a classe média dos centros urbanos e são publicadas através de jornais em pequenos encartes conhecidos na época como folhetins. Com o tempo, o público começa a se interessar por esses romances, o que estimula a publicação de livros, favorecendo o desenvolvimento da cultura livresca.
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